Festival vai decorrer de forma descentralizada por todo o concelho

Arrancou hoje o IXº Festival Literário de Bragança (FLB) que, até sábado, transforma o concelho  de Bragança num verdadeiro palco de cultura viva, através de conversas com escritores, apresentações de livros, exposições, momentos de poesia e experiências gastronómicas para públicos de todas as idades.

Sob o tema “Carta Literária: Literatura, Cultura e Gastronomia”, o evento propõe uma viagem única pelos sentidos e pela memória, cruzando a riqueza do património literário com os sabores identitários da região transmontana.

O primeiro dia ficou marcado por uma conversa com o chef António do Rosário, “Encontros Literários e Gastronómicos” que contou com a presença da melhor padeira do mundo, a transmontana Elisabete Ferreira, bem como com Ana Rodrigues e Fernando Calado. Foi também inaugurada a exposição “Mulheres da Culinária Portuguesa”, da autoria do gastrónomo Virgílio Gomes, patente no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, que homenageia as mulheres que moldaram o gosto e a tradição culinária em ambiente familiar, através de uma rara coleção de livros de cozinha escritos por autoras portuguesas desde o século XIX.

O FLB assume-se como um encontro multidisciplinar que junta autores, chefes, investigadores e a comunidade em torno da cultura partilhada à mesa. Entre os nomes confirmados estão Óscar Geadas, Nuno Diniz, Hélio Loureiro, Clara Haddad, Fernando Alvim, João Gobern e vários membros da Academia de Letras de Trás-os-Montes (ALTM), coprodutora do festival, que se junta ao Município de Bragança e à Editorial Novembro na organização, com o apoio da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB).

A edição termina sábado, com o lançamento da coletânea “Paisagens Literárias”, da ALTM, seguido de um lanche transmontano e uma apresentação musical pelo projeto “Famílias em Coro”, do Conservatório de Música e Dança de Bragança.

O programa, que decorre em vários pontos do concelho, inclui oficinas de escrita e culinária, almoços e jantares literários, roteiros temáticos e encontros intergeracionais. Uma das grandes apostas deste ano é a descentralização das atividades, que chegam a escolas, IPSS, estabelecimentos prisionais e ao meio rural, reforçando o papel da literatura como instrumento de inclusão e coesão social.

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