Círculo Eleitoral de Bragança tem duas mulheres como cabeça-de-lista, num total de oito candidatos com assento parlamentar.

A nível Nacional, o Bloco de Esquerda é o partido mais paritário, já o Chega só tem duas mulheres em 22 círculos eleitorais. Em Aveiro e Braga não há mulheres nas cabeças-de-lista dos oito partidos representados no parlamento.

Entre os 174 cabeças-de-lista às eleições de 30 de janeiro apresentados pelos oito partidos com representação parlamentar há apenas 60 mulheres. Um número que deixa a representação feminina no primeiro lugar das listas pouco acima de um terço – 34,4%.

A Lei da Paridade impõe que as listas tenham ” a representação mínima de 40 % de cada um dos sexos, arredondada, sempre que necessário, para a unidade mais próxima”, segundo a mesma Lei.

A legislação obriga, ainda, a que não possam ser colocados mais de dois candidatos do mesmo sexo seguidos, na ordenação da lista.

O único partido com paridade nos cabeças-de-lista é o Bloco de Esquerda, que avança com 11 mulheres e 11 homens nos 22 círculos eleitorais do país. No oposto está o Chega – o partido de André Ventura- que apresenta apenas duas candidatas para os 22 lugares disponíveis – uma representação feminina de 9% no primeiro lugar das listas.

Os dois maiores partidos (PS e PSD) apresentam números idênticos, ambos têm seis mulheres candidatas a encabeçar listas versus 16 homens na mesma posição. Percentagem da representação feminina situa-se nos 27,2%.”

Do Círculo Eleitoral de Bragança, são oito os candidatos: Sobrinho Teixeira (PS); Adão Silva (PSD); Joana Monteiro (CDU); André Xavier (BE); António Mendonça (CDS); José Pires (CHEGA); Teresa Aguiar (IL) e Otávio Pires (PAN) – uma fatia de 25% representada pelo sexo feminino.

Numa entrevista à CNN Portugal, a Investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Ana Espirito Santo diz que “Os partidos tendem a não procurar garantir uma maior presença de mulheres”, acrescentando que no momento de votar “Há uma tendência para escolher homens”.

Jornalista: Sara Teixeira

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