Artigo escrito por Ana Cardoso – aluno do curso de Comunicação e Jornalismo, EsACT, natural de Angola

A Páscoa em Angola é uma celebração profundamente enraizada na fé cristã e nas tradições culturais do país.

Na minha família, o Domingo de Ramos era uma ocasião especial, vivida com entusiasmo, sobretudo pelas crianças, que viam neste dia uma oportunidade para dar asas à imaginação. Com ramos de palmeira, folhas de oliveira ou outros tipos de ramos, criavam pequenas esculturas.

Na igreja, os ramos eram abençoados pelos padres e levados para casa, onde eram guardados como símbolo de proteção e fé.

No Domingo de Páscoa, a família reunia-se para celebrar, partilhando momentos de convívio à volta de pratos tradicionais. A muamba de galinha, preparada com óleo de palma e especiarias, e o funge, feito de farinha de mandioca, eram presenças indispensáveis à mesa, acompanhados por outros pratos angolanos.

Mais do que uma simples festividade, este dia era um momento de união e reflexão, em que a família se juntava para recordar e celebrar a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém e o verdadeiro significado da sua vida.

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