Atual juiz da Confraria de Nossa Senhora do Amparo lidera a única lista que vai a votos, depois da queda da anterior direção que estava em funções há apenas seis meses, na sequência de uma série de polémicas internas.

Este sábado, acontecem as eleições para os novos órgãos sociais da Associação dos Bombeiros Voluntários de Mirandela, com uma única lista a sufrágio liderada por Sílvio Santos pelo que será o sucessor de Marcelo Lago na presidência da direção.

Entre as diversas razões que o levaram a avançar, o bancário de 45 anos refere os apelos que lhe chegaram de gente ligada ao corpo ativo, mas também da própria sociedade civil. “Foram muitos apelos de pessoas que fazem parte da associação e do corpo de bombeiros, mas também vários apelos externos da sociedade civil e em função disso, levou-me a avançar para a constituição de uma lista de gente que está disponível para ajudar neste enorme responsabilidade e tendo em conta a estrutura de algum peso que esta instituição já tem, com cerca de 40 profissionais”, diz.

Mas Sílvio Santos não nega que também pesou o lado sentimental que o ligou aos bombeiros durante 17 anos. Primeiro como bombeiro voluntário no corpo ativo e assistente de contabilidade da associação, mas também como adjunto de comando e até 2º comandante da corporação. “Foi nesta casa que me fiz homem, vim para cá com 20 anos e saí com 37, e além da experiência adquirida trouxe-me também um enorme gosto pela casa e uma preocupação com a associação onde felizmente ainda mantenho alguns amigos e isso levou-me a avançar depois de muito maturada a ideia”, admite.

As eleições acontecem depois das demissões de sete dos nove elementos da direção liderada por Marcelo Lago, que havia sido eleita em dezembro do ano passado. Uma série de polémicas internas nos últimos tempos culminaram com a queda da direção, há duas semanas, após uma carta aberta subscrita pela maioria dos elementos do corpo ativo a apelar à demissão do presidente, caso contrário, ameaçavam passar para a inatividade.

Um dossier que vai ter em mãos nos primeiros tempos é a questão do comando. Depois da demissão de Edgar Trigo, ficou em regime de substituição Luís Carlos Soares, que não fazia parte dos planos da direção demissionária.

Sílvio Santos diz que “ainda é prematuro avançar com qualquer cenário”, até porque primeiro é preciso pacificar a corporação internamente. “É fundamental perceber o sentimento da própria instituição e encontrar a equipa ideal que os lidere. Não pode ser uma decisão precipitada, temos de encontrar a solução mais equilibrada e mais benéfica para a associação, porque se os recursos humanos estiverem em equilíbrio e pacificados será meio caminho andado para que a associação funcione muito melhor”, conclui.

Sílvio Santos será então o novo presidente dos bombeiros de Mirandela, cargo que vai acumular com o de Juiz da Confraria de Nossa Senhora do Amparo em funções desde 2013, com o mandato a terminar no próximo ano.

É também, desde meados de março deste ano, vereador sem pelouro da câmara de Mirandela, em regime de não permanência, eleito pelo PSD, sucedendo a Rui Magalhães que renunciou ao cargo.

Para além disso, desde o início deste mês, Sílvio Santos é também o presidente do Rotary Clube de Mirandela, com o mandato a terminar em Junho do próximo ano.

Jornalista: Fernando Pires

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