Artigo de Opinião escrito por José António Ferreira – Historiador

Entramos já na fase final para a eleição dos órgãos das autarquias locais, do próximo dia 26 de setembro.

Até aqui, as estruturas partidárias locais prepararam e desenvolveram o seu programa político e eleitoral. Começaram por esboçar planos de acção, estratégias, nomes, pessoas e apresentaram equipas e programas de governação local.

Mas, o que se exige, acima de tudo, às estruturas partidárias locais é que apresentem um programa de compromissos eleitorais sério e pragmático ao eleitorado, especialmente num momento de grandes dificuldades como o que vivemos.

Essa é uma responsabilidade e um dever dos partidos, e é ainda um direito dos cidadãos eleitores.

Assim, os partidos têm o dever de dar a conhecer o seu pensamento, indicar um rumo, daquilo que pretendem para o seu concelho. A democracia deve fazer-se de debate e contradição, de confronto de ideias. Exige-se uma séria identificação de problemas, e de desafios e estratégias de intervenção sobre o seu concelho, e não um conjunto avulso de parangonas ideológicas de pacotilha.

É preciso ter ideias firmes e concretas sobre como superar défices que preocupam as pessoas tais como: a fixação da população, com especial destaque para a mais jovem e qualificada; a retenção do valor acrescentado gerado internamente; a fragilidade do tecido empresarial; a articulação entre população, o território e a economia; bem como, a identificação de desígnios mobilizadores.

Exige-se, assim, um plano de acção que seja: das pessoas; pelas pessoas; para as pessoas.
Este é, portanto, o momento de firmar a rota de um caminho que se quer percorrer, pois, uma coisa é certa, como diz Séneca – filósofo grego: “não há ventos propícios quando não se sabe para que porto se quer ir”.

Para isso, exige-se, também, que os eleitores votem e façam as suas escolhas em consciência e que melhor servem a comunidade e o território.

E, só votando, no próximo dia 26 de setembro, é que podem intervir na realidade social e política.

Votar, não é só um direito, é também um dever cívico.

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